Se você acha que o universo do Big Data só tem aplicação na área de tecnologia, essa é a maior bola fora que você poderia dar. O Big Data já está revolucionando a indústria esportiva há aproximadamente uma década, tanto nas modalidades de grupo quanto nas individuais.
Se você ainda não está por dentro de como a análise de dados está relacionada ao super-desempenho de equipes e atletas ao redor do mundo, preste atenção no post de hoje!
Big Data + Esporte: iiiit’s time!
“Afinal, o que esse monte de dados tem a ver com o meu esporte favorito?”, você se pergunta. Na verdade, não se trata apenas do seu esporte favorito, e sim de quase todos os esportes. Atualmente, o Big Data já é utilizado para ajudar no preparo dos atletas de tênis, hockey no gelo, vôlei, futebol, basquete, futebol americano, baseball... E a lista não para de crescer.
A verdade é que o uso do Big Data no esporte produz estatísticas extremamente precisas, e permite que o desempenho dos esportistas seja analisado de uma forma que os sentidos humanos simplesmente não são capazes de acompanhar. Isso de forma alguma quer dizer que o trabalho do treinador está morto. Ao contrário, pois o Big Data ajuda muito o trabalho dos técnicos, uma vez que as informações produzidas através das análises das estatísticas já chegam prontas e sem falhas, deixando o coach livre para cuidar do que realmente importa.
Vantagem Competitiva
Sem menosprezar o velho discurso de “garra e determinação” que vem impulsionando atletas através dos séculos, mas os números não mentem. Imagine monitorar o desempenho dos jogadores de um time de futebol, e cruzar as informações de frequências cardíacas, velocidade e alcance de arrancadas, desgaste de força muscular ao longo do jogo e nível de cansaço.
Isso permite que a equipe técnica consiga realizar uma análise das estatísticas de cada um, e investir esforços para otimizar os resultados individualmente. Além da capacidade de se superar constantemente, seria possível prever os melhores momentos para realizar substituições em campo e, indo mais longe, prever a fadiga e reduzir as chances de lesões nos atletas.
Se você leu até aqui, certamente já entendeu que, com pequenas adaptações, é possível aplicar a tecnologia do Big Data a praticamente qualquer esporte. E vamos além: o que dizer então da possibilidade de trabalhar os dados referentes aos adversários? Realizar análises descritivas, diagnósticas e preditivas sobre os oponentes permite reduzir ao máximo a imprevisibilidade da competição, permitindo focar treinos e táticas nas nos pontos fortes e fracos dos adversários.
Obs.: Você é capaz de adivinhar que seleção na Copa do Mundo de 2014 já utilizava a análise inteligente de dados? Se você chutou aquela que começa com ALE e termina com MANHA, acertou. Infelizmente.
 
Na prática:
Talento é muito importante, claro, mas não só dele vivem os jogadores. Aproveitamos para separar abaixo alguns exemplos do uso do Big Data em outros esportes, para que você se convença de uma vez por todas de que contra dados não há argumentos.
  • Tênis: Já é possível que os players tenham acesso a diversas informações que reúnem, por exemplo, os pontos de contato com a bola mais frequentes, os ângulos de direção de seus saques e seus posicionamentos na quadra.
  • Vôlei: Uma das pioneiras no uso do Big Data, a seleção brasileira realiza o monitoramento de batimentos cardíacos, contrações e distensões musculares em cada jogada, níveis de impulso, além do tempo de resposta dos jogadores frente às jogadas do adversário e a movimentação coletiva em quadra.
  • Hockey: A análise aqui acontece em três fases. A primeira, coleta e organiza os dados sobre tentativas de gol, defesas, média de pontos e bloqueios. A segunda realiza o cruzamento de dados das equipes, evidenciando quais tipos de estratégia funcionam melhor contra cada time. E a terceira mostra a atuação de cada jogador em relação às diversas situações em que podem se encontrar, podendo antecipar o desempenho de cada atleta com bastante assertividade.
  • Vela: Mais um gol da Alemanha! A seleção germânica realiza uma análise que permite aos atletas verificarem minuciosamente sua performance na água para se prepararem melhor.