Camila Alcalde, Head of Enterprise Sales PayPal Brasil
Ferramentas para os negócios existem aos montes; o que falta, muitas vezes, é a confiança de que elas geram crescimento real. Quando olho para a jornada das PMEs brasileiras, vejo ambição, coragem e um movimento bastante claro: elas querem expandir mercado, sem abrir mão de estabilidade e confiança.
Nosso estudo mais recente sobre empreendedores traz sinais valiosos para quem está liderando essa transição no dia a dia. Um deles revela o que realmente recebe atenção de quem empreende no Brasil.
O que move quem empreende?
Você sabia que liberdade financeira, flexibilidade e realização pessoal seguem como motores da decisão de empreender? Esses valores determinam como as PMEs escolhem investir tempo, energia e tecnologia.
Dados do estudo mostram que 60% empreendem pela liberdade financeira; 47% pela flexibilidade; e 44% pela realização pessoal. Ao mesmo tempo, os maiores entraves na largada continuam sendo o medo de errar, a burocracia e a insegurança financeira (55%, 45% e 40% respectivamente).
Ou seja, o impulso para empreender continua profundamente ligado à autonomia e ao desejo de construir algo próprio, não apenas aproveitar uma oportunidade do mercado.
Outro ponto relevante é a atração de demanda, prioridade nas escolhas de crescimento para uma PME. Redes sociais e ações de marketing aparecem cada vez mais confirmadas como os caminhos preferidos para ganhar escala. Esse reflexo do empreendedor que testa, mede e repete o que funciona também é um sinal de criatividade e resiliência.
Segundo nossa pesquisa, 68% já usam redes sociais e 66% investem em marketing para atrair clientes e impulsionar o negócio.
Além disso, outra estratégia que impulsiona escalabilidade e crescimento são as parcerias entre PMEs. Em funcionamento há anos, essa engrenagem baseada no lema “pequeno apoia pequeno” torna possível vender em conjunto e trocar serviços. Muitos negócios colaboram com PMEs com frequência, e mais da metade tem 25% a 50% dos fornecedores formados por pequenos negócios.
Mas também existem desafios. Quando se trata de decidir contratar um pequeno negócio, os fatores decisivos são qualidade (71%) e confiança/reputação (68%). Por mais surpreendente que possa ser, o preço importa - mas não lidera isoladamente a decisão.
Essa realidade deveria orientar tanto o marketing quanto a experiência: provas de qualidade e sinais visíveis de confiança precisam estar em cada ponto de contato com cliente.
Pela complexidade, há alta demanda por apoio especializado (86%), sobretudo em jurídico, finanças, marketing e planejamento. É um pedido explícito por orientação prática para que a tecnologia renda frutos no curto e no longo prazo.
Diante de todos esses dados, o que nos aguarda no futuro? Quase metade dos entrevistados (48%) coloca expandir mercado como prioridade. Mas crescer não é só vender mais; é vender melhor, com menos fricção e mais confiança em cada etapa.
O futuro pertence a quem expande com propósito.
O papel do PayPal nessa jornada
A transformação digital humanizada começa pela reconstrução da confiança e por um entendimento: gente vem antes de ferramenta. Nosso compromisso é atuar como facilitador ao integrar pagamentos de forma simples, dar visibilidade e controle ao empreendedor, oferecendo sinais claros de confiança para quem compra e para quem vende.
Crescer com tecnologia é possível desde que ela seja entendível, confiável e acompanhada. Quando essas condições se encontram, a ambição vira resultado. E resultado vira história de negócio.
Talvez o próximo passo da transformação digital seja justamente esse: reconstruir a confiança. Que papel você acredita que a tecnologia deve desempenhar nessa mudança?