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O futuro dos bancos é... open
O conceito é simples, mas, ao mesmo tempo, ousado: o cliente passa a ser dono de seus dados pessoais – não mais as instituições financeiras. O open banking pretende ser, portanto, uma grande evolução democrática do sistema. A partir do open banking, empresas e serviços só poderão acessar os dados dos clientes com autorização explícita destes.
 
Além disso, na prática, o novo sistema permite que as pessoas movimentem suas contas e gerenciem seu dinheiro a partir de diferentes plataformas. Por meio do open banking, clientes poderiam, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. Também será possível, por este mesmo aplicativo, realizar uma transferência de recursos ou realizar um pagamento, sem a necessidade de acessar diretamente o site ou aplicativo do banco. 
 
Do ponto de vista das instituições financeiras tradicionais, compartilhar informações antes exclusivas com mais players de mercado (principalmente as fintechs) pode representar um problema no curto prazo. Mas o conceito parece ter vindo para ficar, então, não estamos falando de “se”, mas de “quando” vai acontecer.
 
Isto dito, vale aqui a imagem um tanto gasta da faca de dois gumes. Afinal, essas instituições financeiras também passarão a ter, com o open banking, mais oportunidades para oferecer novos produtos e serviços feitos sob medida para seus clientes. É puro big data, ou seja, o cruzamento de informações (incluindo algumas que os bancos atuais não têm) para definir novos – e mais rentáveis – perfis de cliente. Em um mundo que vive o paradigma do hipernicho, faz bastante sentido investir no melhor gerenciamento possível de tanta informação.
 
Em abril deste ano, o Banco Central deu início ao processo de implementação do open banking, com o objetivo de aumentar a eficiência e a competição no setor, abrindo espaço para a entrada de novas empresas.
 
É isso que sugere o Comunicado 33.455, cuja missão principal é estabelecer as diretrizes que irão orientar a proposta de regulamentação do modelo a ser adotado no País. O BC aposta que o open banking será capaz de aumentar a eficiência do sistema financeiro, “mediante a promoção de ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando sua segurança e a proteção dos consumidores”.
 
É o que todos que fazemos parte desse riquíssimo bioma esperamos. Até porque sabemos que a concorrência é como a gravidade: está sempre lá, mesmo sem que a percebamos. E ela nos obriga a sermos melhores e a inovar mais rapidamente para facilitar a vida de nossos clientes. Ainda bem.
 
Por isso, lutamos, em todos os mercados onde atuamos, pela democratização do sistema financeiro. Estamos transformando o modo como segmentos desfavorecidos da sociedade movimentam o próprio dinheiro. Como costumamos falar aqui no PayPal, hoje é caro demais ser pobre. Para quem não tem dinheiro, qualquer tipo de transação custa muito mais e demora tempo demais. Por vezes, isso representa ficar horas em filas e pagar juros crescentes. No fim, quem mais precisa de ajuda para manter a saúde financeira acaba sendo excluído da economia.
 
Neste segundo semestre, o BC deve submeter a consulta pública as minutas de atos normativos sobre o open banking e seu cronograma de implementação. Estaremos atentos aos próximos capítulos dessa emocionante novela hi-tech.

Eduardo Linhares, diretor global de Marketing de Produto para PMEs do PayPal

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