Estamos vivendo a “era mobile”. Os smartphones são praticamente computadores portáteis que permitem levar o mundo na palma das mãos. Interagir pelas redes sociais, fazer videoconferências, assistir a vídeos, conectar-se com qualquer pessoa não importa aonde ela esteja... O advento dos celulares com inúmeras funções permitiu também uma revolução nas relações sociais e a criação de novos costumes que, na velocidade de um clique, chega às transações comerciais. Não à toa, uma pesquisa global do PayPal e da Ipsos lançada no início de 2015 demonstrou que o comércio via dispositivos móveis (o chamado mobile commerce ou m-commerce) cresce perto de três vezes mais que a média de crescimento do e-commerce global tradicional
De 2013 a 2016, a média composta do crescimento do mobile commerce em vários países está projetada em 42% – ante os 13% projetados para o e-commerce em geral. A pesquisa que investigou os hábitos de compras mobile de 17,5 mil consumidores em 22 países, incluindo o Brasil, também aponta alguns insights sobre o comportamento das compras mobile, barreiras e mercados em expansão. Confira alguns destaques desse levantamento:
 
Um futuro brilhante para o m-commerce
Por enquanto, o mobile commerce é relativamente pequeno se olharmos para o percentual que ocupa frente ao total dos gastos globais em e-commerce. De acordo com a pesquisa, os smartphones respondem por 9% dos gastos online feitos por dispositivos móveis, enquanto os tablets são responsáveis por 5% das compras feitas online. Ambos são ultrapassados pelos laptops, desktops e notebooks, os quais cumulativamente somam 85% do que é gasto online.
Ainda que os valores gastos sejam baixos, a quantidadedas compras feitas por dispositivos é significativa. Mais de um quarto (28%) dos consumidores online afirmaram ter comprado algo por meio de um smartphone nos últimos 12 meses e 20% informa que o fizeram via tablet. O surgimento do comércio em smartphones está sendo liderado por jovens adultos. A média global de 59% dos compradores de smartphones são pessoas que têm de 18 a 34 anos versus 44% do restante dos compradores online.
Já, no Brasil, a incidência de brasileiros que compraram online via dispositivos móveis é ligeiramente maior do que a média dos 22 países: 34% ante os 33% registrados pelo grupo de países que fizeram parte do estudo. E, entre os brasileiros, 61% dos que compram via mobile têm entre 18 e 34 anos; já, quando a amostra compreende todos os consumidores online brasileiros entrevistados, 54% estão na mesma faixa etária.
“No PayPal, em todo o mundo, vimos o crescimento do nosso mobile sair de menos de 1% do volume de pagamentos em 2010 para mais de 20% em 2014”.
 
Anuj Nayar, diretor sênior de Iniciativas Globais do PayPal.
 
China, Turquia e Emirados Árabes dominam as compras por smartphone
Os consumidores dos Emirados atribuem 24% dos seus gastos online a compras feitas por meio de smartphones; consumidores chineses estão logo atrás, com 21%, enquanto os turcos ficam em terceiro lugar, com 19%. Os três grupos também lideram no que diz respeito à densidade das compras por smartphone. Na China, mais de dois terços (68%) dos consumidores online já usaram o smartphone para fazer uma compra nos últimos doze meses. Mais da metade (57% e 53% respectivamente) dos consumidores dos Emirados e da Turquia também o fizeram.
 
Os consumidores que usam smartphones optam por Apps
Ao redor do mundo, 64% dos adeptos do mobile commerce compraram por meio de um app (aplicativo de celular) enquanto 52% o fizeram por meio de um browser (navegador de internet). Entre aqueles que usaram as duas plataformas, os apps são preferidos tipicamente em função de sua rapidez e conveniência. Outros fatores que contribuem para o uso de apps, em cada país, incluem: “a confirmação instantânea do pagamento”, no México; “avisos para ofertas/descontos/cupons”, na China; e “registro dos recibos digitais”, em Israel.
No Brasil, 46% dos consumidores que usam smartphones e que já compraram na internet nos últimos doze meses usando tanto browser quanto aplicativos, preferem comprar via apps. Enquanto 36% ainda optam por browsers; 18% não têm preferência. Já, quando os brasileiros que detêm smartphones e tablets são perguntados sobre os benefícios do uso de aplicativos para realizar compras, 43% alegam que os aplicativos oferecem maior conveniência; 35% avaliam que os apps são um meio de pagamento rápido.
 
Pesquisa de produto hoje
Atualmente, a atividade mais citada pelos compradores de smartphones em todo o mundo é a busca por produtos: “a busca pela informação do produto se dá no meu smartphone” (36% selecionaram), “uso o meu smartphone para ajudar a localizar informação sobre lojas e estabelecimentos” (27%), e “leio comentários e resenhas de consumidores em meu smartphone” (25%).
Contudo, quando o conjunto dos entrevistados nos 22 países foi indagado como gostaria de usar smartphones no futuro, as primeiras respostas foram relacionadas a funcionalidades nascentes, incluindo opções de pagamentos. 16% selecionaram “passar o meu smartphone pela caixa registradora para pagar (a exemplo do NFC)” e 15% citaram “fazer pedidos antecipados (por exemplo, comida ou um café) por meio de um app ou um browser no meu smartphone”.
No Brasil, a busca online por informação de produtos também é a principal atividade dos consumidores ao smartphone, sendo apontada por 38% dos entrevistados que têm um smartphone, mas que ainda não utilizam o dispositivo para comprar online. Em segundo lugar, 30% dos brasileiros que detêm um smartphone fizeram buscas por estabelecimentos ou negócios e o mesmo percentual leu, nos últimos doze meses, as opiniões e referências de outros consumidores em seus smartphones.
 
Barreiras para o mobile commerce
O principal obstáculo para um crescimento maior do mobile commerce no mundo é o fato de que os consumidores ainda não se deram conta das vantagens de comprar por meio de seus dispositivos em uma escala maior.
Entre aqueles que não usam smartphones ainda para comprar, as principais barreiras citadas são: “prefiro comprar online a partir de outro dispositivo (laptop ou um desktop)” (39%), “a tela é muito pequena” (34%), e “prefiro acessar a internet por meio de outros equipamentos” (28%).
Aqueles que efetivamente compram via smartphones declaram motivos ligeiramente diferentes para não o fazer com maior regularidade: “a tela é muito pequena” (34%), “prefiro comprar online de outro dispositivo (laptop, desktop)” (27%), e “preocupo-me com a segurança online de compras feitas a partir de dispositivos móveis” (21%).
No Brasil, a principal barreira para a compra por meio de um smartphone – para quem não utiliza este dispositivo -, citada por 38% dos que têm um smartphone, mas que ainda não o utilizam para comprar online, é o fato de o consumidor ainda preferir outros equipamentos na compra online, a exemplo dos laptops e desktops. Já, no caso de quem já usou o seu smartphone nas compras nos últimos doze meses, o maior obstáculo citado por 31% dos casos, é o tamanho da tela.
 
“Com o advento de telefones celulares de baixo custo, telas maiores e melhorias na segurança, as barreiras do mobile commerce deverão decrescer. Essas melhorias, combinadas às opções de pagamento digital do estado da arte como o PayPal OneTouch,  ficará mais fácil, seguro e intuitivo para os clientes pagarem com seus telefones móveis”.
Anuj Nayar, diretor sênior de Iniciativas Globais do PayPal.
 
 
 
COMO FOI FEITA A PESQUISA
A pedido do PayPal, o Ipsos entrevistou uma amostra representativa de 800 adultos no país (de um total de 17.519 em todo o mundo – com idade de 18 anos ou mais) que possuem e/ou usam um dispositivo habilitado para usar a internet* em cada um dos 22 países (Reino Unido, França, Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, Espanha, Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca, Polônia, Turquia, Rússia, Israel, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Canadá, Brasil, México, China e Austrália). As entrevistas foram conduzidas online entre 9 de setembro e 3 de novembro de 2014. No Brasil, os trabalhos de campo foram conduzidos entre 23 de setembro e 13 de outubro em uma amostra de 800 pessoas. Os dados tiveram o seu peso calculado para representar a incidência de compradores online em todos os países, e o perfil demográfico dos usuários de internet em sete países.