Tecnologias recentes – desde inovações em mobilidade até big data e inteligência artificial – estão possibilitando experiências mais personalizadas em novos contextos. Em quase todos os mercados verticais e regionais, a tecnologia está criando pontos de contato mais adequados, seguros e atraentes entre empresas e clientes.
E esse tipo de disrupção não cria somente novas oportunidades, mas mudanças importantes no comportamento e nas expectativas do consumidor. A migração para o digital e o móvel criou oportunidades para todos. Além disso, também gerou uma demanda por produtos e serviços mais personalizados. Os consumidores querem mais controle sobre suas experiências – são avessos a limitações e valorizam o poder de escolha.
Maximizar as oportunidades apresentadas pela economia digital, e também se manter a par dos padrões do cliente (que podem mudar da noite para o dia), requer uma mudança de estratégia fundamental. Um caminho? Trabalhar em parceria para preparar nossas empresas para a próxima onda de transformação e oportunidade, e produzir inovações que possam ser escaláveis.
O trabalho em parceria começa com as duas partes entendendo e valorizando os pontos fortes exclusivos e as vantagens competitivas uma da outra. Poucas empresas fazem isso bem, mas aquelas que fazem se beneficiam enormemente da força que as parcerias podem trazer. Formar parcerias promove plataformas e produtos em novos mercados, expõe marcas a novas clientelas e permite que as empresas superem as barreiras tradicionais da expansão e escalem usando as competências centrais de cada parceiro.
Mais importante ainda: assumir uma mentalidade voltada para a parceria em primeiro lugar requer que a empresa reexamine e desestruture suas práticas tradicionais, além de repensar sua antiga forma de operar.
Isso começa por uma visão delas mesmas e de seus setores tanto “de fora para dentro” (qual é nossa oportunidade de mercado e qual é a melhor maneira de maximizá-la?), como “de dentro para fora” (quais são os nossos pontos fortes e fracos no mercado atual e como aprofundamos o que nos torna especiais enquanto preenchemos as lacunas do nosso negócio?).
Também força uma empresa a olhar para si mesma e se perguntar: o que representamos e por que estamos aqui?
São perguntas difíceis de responder. E que podem levar a discussões internas desafiadoras sobre o passado, o presente e o futuro. Também forçam o reconhecimento de que seu setor não é mais um jogo de soma zero, e que o foco precisa estar em fazer o bolo crescer, não somente o seu pedaço.
Isto é particularmente verdadeiro com plataformas digitais, em que os limites entre serviços e concorrentes podem ser menos claros. É fundamental que cada parte defina expressamente uma área prioritária. Isso dá a cada empresa a confiança de que suas atividades principais não estão ameaçadas, e destacará, com mais clareza, o espaço em branco que existe dentro do setor.
Somente nos últimos 20 meses, o PayPal estabeleceu mais de duas dezenas de parcerias estratégicas pelo mundo, como, por exemplo, com grandes varejistas e empresas de tecnologia para a aceitação do PayPal como meio de pagamento nos seus sites de comércio eletrônico e aplicativos para dispositivos móveis. Também fizemos parcerias com importantes organizações do setor social para que aceitassem o PayPal como meio de pagamento para doações. Tivemos um tremendo aprendizado, ao longo do caminho, sobre nossos clientes, nossos parceiros, nosso setor e, sobretudo, nós mesmos.
No complicado clima geopolítico atual, inclusão, conectividade e colaboração são ainda mais vitais. Enquanto nos preparamos para as mudanças inevitáveis que ainda estão por vir e para a complexidade dos desafios globais diante de nós, o espírito de colaboração e a posição da comunidade empresarial (com visão de futuro para estabelecer parcerias estratégicas) serão essenciais para desenvolver soluções escaláveis e, principalmente, gerar impacto social.