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Ao longo dos últimos dois anos, à medida que as pessoas ficavam em casa grande parte de seu dia, conciliando o mesmo espaço para trabalho e vida pessoal, houve um aumento no número de homens e mulheres recorrendo a hobbies criativos para preencher seu tempo, combater o estresse e encontrar saídas criativas durante um período de incertezas.

Essa tendência criou oportunidades para muitos empreendedores, sobretudo as pequenas e médias empresas (PMEs) com as quais o PayPal trabalha, alcançarem novos públicos e expandirem seus negócios por meio da plataforma, que atende mais de 200 mercados e tem 416 milhões de clientes ativos globalmente.

Uma das empreendedoras cujo negócio cresceu devido ao aumento do interesse por hobbies foi Fabiana Giandoso, cofundadora do São Paulo Modern Quilt Guild,  grupo que divulga um estilo moderno de patchwork – a técnica consiste em usar retalhos de tecidos diferentes para compor padronagens únicas. Fabiana conseguiu aproveitar a experiência gerenciando um negócio online para dar nova vida a seu empreendimento, com aulas de quilting online para estudantes de todo o mundo.

Em uma de nossas entrevistas da websérie PayPal Sessions, tivemos a oportunidade de ouvir de Fabiana sobre como ela adaptou o negócio de presencial para online, seus planos futuros para o negócio e os conselhos para aspirantes a empreendedores.

O que é quilting e o que mudou para você ao longo destes últimos dois anos em que o mundo teve de se adaptar a uma realidade digital?
O quilting é o trabalho artesanal com retalhos de tecido. A diferença desse patchwork tradicional para a maneira moderna, que é a linha que eu trabalho, é que usamos os materiais que temos e seguimos a nossa própria linha criativa. De maneira geral, as pessoas dizem que praticamos uma maneira mais acessível de produção artesanal.

Conte um pouco sobre o seu negócio e como você começou?
Comecei a fazer colchas quando criança, depois de roubar uma revista de artesanato da minha irmã, que tinha matérias sobre costura, bordado e patchwork. Fiquei viciada, mas nunca pensei em quilting como carreira. Depois de ter meu primeiro filho, decidi me concentrar em ser mãe e deixei meu emprego como violinista em uma orquestra. No entanto, as contas não paravam de chegar, então comecei a fazer carteiras e bolsas e abri minha primeira loja online em 2008. Logo, descobri que não era apaixonada por fazer bolsas e que o meu sonho era trabalhar com colchas, para que pudesse ser mais criativa e contar histórias por meio do meu trabalho. Encontrei alguns grupos de quilting moderno online e comecei a postar sobre o tema no meu blog e nas redes sociais. Comecei a dar aulas online e descobri que podia fazer isso em tempo integral. Logo depois, abri meu estúdio, onde ensino aos alunos como desenhar e fazer colchas.

Como a pandemia impactou seu negócio?
A pandemia mudou tudo. Dar aulas presenciais era a parte central do meu negócio, mas quando tive que fechar meu estúdio, rapidamente mudei para aulas online para compensar quaisquer desafios financeiros. Um ano depois, a pandemia realmente ajudou meu negócio a crescer. Antes, eu tinha apenas quatro alunos locais. Agora que tudo está online, tenho quase 30 alunos em cidades, estados e países diferentes, desde Japão até Portugal e Estados Unidos. Também fiz algumas alterações na minha loja online, como iniciar um serviço de assinatura mensal para pacotes de tecido, porque muitas pessoas não podem comprar pessoalmente.

Após a pandemia, quando pudermos voltar à rotina que tínhamos antes, você pretende continuar com esse modelo de negócio ou com algum formato que possa conciliar uma vida presencial e uma vida digital, como é o caso do modelo híbrido?
Tenho pensado muito nisso, em como conseguir manter uma linha de trabalho que me agrada bastante após este período. Meu objetivo é continuar com as aulas online e conseguir mais alunos. Já em relação às aulas presenciais, pretendo fazer encontros mensais com as alunas da cidade, para estimular a troca e a conversa entre nós, que é essencial para a nossa área. Temos um termo para isso, inclusive, que é o quilting be, que consiste em uma reunião de pessoas para costurar algo juntas. Além disso, tenho planos de traduzir os meus projetos para o inglês também, justamente para aproveitar esse modelo de aulas online e ampliar o meu público.

Como o PayPal ajudou seu negócio?
Estou com o PayPal desde o início do meu negócio, o que realmente facilitou os pagamentos - para meus clientes e para mim. Eu tenho o checkout do PayPal no meu site e é muito rápido e seguro, os clientes adoram. No Brasil, nem sempre as pessoas confiam em fazer compras online, mas com o PayPal, não tenho esse problema. Me sinto mais profissional e confiante, e os meus clientes sentem-se confiantes para comprar comigo e pagar com PayPal.

Você tem algum conselho para outros empreendedores (as) ou pessoas que desejam iniciar seu próprio negócio?
Se você está apenas começando, esteja ciente de que estará à frente de marketing, desenvolvimento de produtos, envio, atendimento ao cliente. É exaustivo. Por isso, é importante ser paciente e gentil consigo mesmo, e ter fé que tudo vai dar certo no final.

Nós, do PayPal, acreditamos que o empreendedorismo é uma atividade-chave para a economia. Que dicas você daria para quem quer empreender hoje?
É essencial que o empreendedor tenha uma presença online compatível com o seu tamanho, sempre produzindo conteúdos que sejam relevantes para o público que o acompanha, sendo realista e conquistando seu espaço passo a passo. No meu caso, acredito no poder transformador da arte, no poder que um projeto realizado desde o início exerce sobre a nossa motivação.

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