Notícias anteriores do PayPal

Dinheiro e cheque saem de cena: futuro é eletrônico
No princípio, era o caderninho de fiado. Hoje, até dinheiro e cheque estão saindo de cena. A era da tecnologia não deixou pedra sobre pedra nos alicerces das relações comerciais. Os anos recentes têm sido de mudanças tão profundas quanto rápidas na forma de pagamento de mercadorias e serviços. A Dinamarca parou de fabricar cédulas e moedas em 2013 e pode banir transações com papel moeda já neste ano.
 
Semanas atrás, o Banco Central divulgou o Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Em 2015, foram registrados R$ 678 bilhões em operações com cartões de crédito e R$ 390 bilhões no débito. Os dois ramos seguem com taxas de crescimento expressivas, apesar do ambiente econômico de aguda recessão – em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro despencou 3,8%; nova queda de 3,2% está prevista para este ano. 
 
Enquanto as modalidades eletrônicas disparam, caem as operações presenciais (ida a agências bancárias, por exemplo) e com meios físicos. É certo que os empreendedores que não se atualizarem ficarão para trás. A seguir, as principais tendências da relação dos brasileiros com o dinheiro:
 
1)DIGITAL. O comércio eletrônico no Brasil deverá alcançar US$ 28 bilhões em 2020, englobando de mercadorias físicas a diárias de hotel, de ingressos para shows a corridas de táxi, de alimentação a passagens aéreas. Na esteira, crescerão as plataformas de pagamento digital (carteiras digitais), combinação de tecnologia, segurança, rapidez e facilidade. 
 
2)DÉBITO. As operações com cartões de crédito ainda crescem, mas o que avança no ritmo dos bons tempos da economia chinesa são os cartões de débito. Em 2015, segundo o BC, o segmento movimentou R$ 390 bilhões, alta de 12% sobre um ano antes. O total de operações (6,5 bilhões) saltou 15%. É ele que rouba espaço das transações com notas e cheques.
 
3)CRÉDITO. Os brasileiros fizeram 5,7 bilhões de operações com cartão de crédito. O meio de pagamento resiste, mas vê as operações com débito se aproximarem velozmente. É a tendência. As altas taxas de juros do rotativo e a inadimplência podem estar inibindo o uso dos plásticos.
 
4)CHEQUES. Despenca o uso de cheques. O Banco Central apurou redução de 12% na quantidade processada e de 9% no valor movimentado. O ritmo de queda foi maior em 2015. Os brasileiros usam cheque em negociações de maior soma. Mas estão gradualmente substituindo o meio físico, que já foi até modalidade de financiamento (pré-datado), pelos eletrônicos.
 
5)CÉDULAS. O número de operações com dinheiro vivo se estabilizou no ano passado, mas o valor sacado caiu 4,5%. Ou seja, o consumidor está preferindo andar com menos dinheiro na carteira. O ambiente de violência urbana, especialmente nas metrópoles, ajuda a explicar.
 
6)À DISTÂNCIA. De cada dez operações financeiras, seis foram realizadas via internet, centrais de atendimento e telefones móveis. Cada vez menos brasileiros vão a agências, postos de atendimento, correspondentes bancários e caixas eletrônicos. É à distância o relacionamento com o mundo financeiro.
 
7)CELULAR. Smartphones já representam um quinto do total de operações financeiras do país. É o dobro de um ano antes. Os dispositivos móveis já têm a mesma participação dos caixas eletrônicos. O futuro é dos pagamentos eletrônicos, das transações remotas.
 
 
 

Flávia Oliveira, Jornalista

Mantenha-se atualizado.

Inscreva-se para receber as últimas notícias no seu e-mail.

Inscreva-se