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O desafio do marketing para startups
Toda empresa enfrenta um importante dilema quando está começando: onde alocar os poucos recursos que estão disponíveis? Fundadores e colaboradores de startups girando com o próprio caixa (ou mesmo as que receberam financiamento de alguma fonte) vão entender exatamente do que estou falando: nessas empresas, na hora de escolher onde colocar seu precioso dinheirinho, iniciativas de marketing acabam ficando para trás em detrimento de outros investimentos “mais importantes”.
 
Ok, ok, não quero causar polêmica com minhas aspas. Concordo que aumentar a equipe técnica é uma decisão importante quando o desenvolvimento do seu produto depende diretamente desse time. Contudo, negligenciar a sua marca é algo que não deve ser feito e um bom trabalho de marca só é feito por uma equipe de marketing competente.
 
Aí você, empreendedor, dono de startup, lendo este artigo, para e pergunta: ok, contrato um profissional de marketing para minha empresa, mas não tenho dinheiro para investir. Como fazer?
 
Meu eu do passado certamente teria dito: não faz. Eu, que já fui parte integrante de times de empresas multinacionais, globais e outras dessa alçada, que tinham o marketing como peça central dos seus negócios, não perderia nenhum minutinho sequer pensando em outra resposta além da clássica “não tem jeito, para fazer marketing trate de conseguir dinheiro”.
 
Contudo, uma vez que eu aceitei o desafio de trabalhar em uma startup e abraçar tudo o que ela tinha para oferecer (inclusive sua restrição orçamentária para com meu departamento), tive que mudar drasticamente minha forma de pensar e buscar alternativas para trabalhar a imagem da minha marca em um orçamento justo (como em “apertado”, não como em “correto”).
 
Para minha surpresa e alegria, descobri que, graças à força motora da internet, é mais do que possível trabalhar uma marca com pouco dinheiro. Com boa vontade, mão na massa e insistência você consegue ótimos resultados adotando ferramentas gratuitas (ou quase gratuitas) disponíveis para qualquer um. Veja abaixo o pacote básico que uso no meu dia a dia de trabalho com a marca:
 
Site
Impossível fazer qualquer outra coisa sem antes criar um bom site para sua empresa. Ele é o #Passo1 da sua estratégia de marca e é a porta de entrada para potenciais clientes e interessados. Ele precisa comunicar tudo o que sua empresa oferece com clareza. Nos meus dias de executiva de multinacional eu ligaria para uma agência que me cobraria de R$ 30 mil a R$ 50 mil reais para um site “exclusivo”. Precisa disso Brasil? Não, não precisa. Use o Wix, Wordpress ou qualquer outra plataforma similar para montar um site incrível por menos de R$ 500,00 por ano (sim, você leu certo: ano). Com templates prontos, você monta um site em dias e, o melhor de tudo, elimina a dependência de agências.
 
Blog
Anote: todo o conteúdo gerado pela empresa deve ser útil para seu público. Isso não quer dizer que você não possa fazer um post institucional sobre sua marca, mas esse tipo de conteúdo não deve ser o dominante. Escreva sobre algo que gere interesse e engajamento. Esse é o tipo de conteúdo que queremos. Convide o seu time para escrever, faça chamadas internas de artigos, troque conteúdo com parceiros.
Com relação à plataforma, Wix, Wordpress e similares oferecem o recurso “Blog” junto com o site. Importante: não deixe de ativar o recurso para coleta de e-mails, permitindo que seu público deixe e-mails para envio de news, promoções e afins.
 
Mail Marketing
Outro recurso valiosíssimo para você adotar uma vez que sua base de e-mails esteja bem recheada. Para quem está começando recomendo o Mail Chimp, que oferece gratuitamente 12 mil disparos por mês para uma base de até 2 mil nomes. Outra boa alternativa é o Media Post. Diferente do Mail Chimp, essa não é uma ferramenta gratuita, mas oferece mais recursos gráficos, deixando suas mensagens mais bonitas.
 
Mídias Sociais
Aqui, o céu é o limite. Você tem a oportunidade de falar com uma infinidade de pessoas sem pagar nada por isso. Pausa rápida para falarmos rapidamente sobre o “pagar nada por isso”: as redes sociais estão dificultando aos poucos o acesso das empresas às pessoas, fazendo com que, para que a sua marca tenha alguma relevância e apareça no feed da galera, você tenha que abrir a carteira.
 
Então, concluindo: sim, você consegue ativar suas contas sociais gratuitamente, mas para ter um bom alcance vai ter que investir. O legal é que com pouco você já consegue fazer algum barulho, especialmente se você está começando. Uma alternativa ao investimento é criar algo que viralize, mas isso é o sonho de todos nós reles mortais...
 
Crie e programe conteúdo para todo o mês usando ferramentas como o Hootsuite (excelente e gratuita para até 3 contas sociais), Machinegram (exclusiva para o Instagram a pouco mais de R$20,00 por mês) ou usando o ferramental da própria rede social (o Facebook tem uma excelente ferramenta de agendamento de conteúdo e você não paga nada por isso).
 
RP
Por fim, fechando o pacote básico de ativação da marca, temos Relações Públicas. Esse talvez seja o maior investimento que terá que fazer, mas um que vai se provar bastante valioso caso a agência que escolheu se prove capaz. Uma boa agência de RP vai conseguir colocar o nome da sua empresa em publicações de alta relevância, levando a sua marca a outro patamar. A melhor forma de encontrar boas agências de RP é pedindo recomendações para empresas similares às suas e ouvindo a opinião dos contratantes sobre a agência em questão. O fee mensal varia bastante, mas a maioria fica entre R$ 3 mil e R$ 8 mil.
 
Espero que essas dicas te ajudem a vencer a barreira do orçamento curto e começar a trabalhar a sua marca como ela merece. Até mais!
 
 
 

Natalia Miralles, Marketing BigData Corp.

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