Notícias anteriores do PayPal

Saem os empregados, entram os empreendedores
A crise econômica que castiga o Brasil desde 2015 acertou em cheio o mercado de trabalho. A acelerada expansão do emprego com carteira assinada, que se estendeu por uma década a partir 2004, inverteu a tendência no ano passado. Foi como se o dique da manutenção das vagas se tivesse rompido. Em todo o país, em um ano, 1,318 milhão de postos (-3,6%) de trabalho formal desapareceram, informou o IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de janeiro - último resultado disponível.
 
Diferentemente de solavancos anteriores, a recessão brasileira não está provocando aumento do número de trabalhadores informais, os chamados sem carteira. Nessa crise, salta aos olhos o aumento no estoque de profissionais que atuam por conta própria. Desde 2015, também segundo o IBGE, 1,328 milhão de pessoas engrossaram as fileiras dos autônomos.
 
A tendência é fortemente influenciada pela escassez de vagas. Diante da perspectiva de mais um ano de recessão, o segundo seguido, as empresas continuam demitindo; não investem nem contratam. Os anos de intensa fiscalização e punição a companhias que sonegavam a funcionários e governos benefícios e encargos trabalhistas, por outro lado, limaram as admissões informais.
 
Assim, restou à força de trabalho a atividade empreendedora. Em alguns casos, ex-funcionários passaram a prestar serviços para o antigo empregador, seja como colaboradores, seja como pessoa jurídica. A multiplicação dos “por conta própria” tem dores e delícias. Se quer ser um empreendedor de sucesso, prepare-se:
 
 
EXPERIÊNCIA
Muitos novos empreendedores entram em ramos de negócios que não dominam. Isso aumenta muito o risco de insucesso. Procure trabalhar em áreas com as quais tenham experiência ou intimidade.
 
 
AGILIDADE
Micro e pequenos empresários são mais ágeis na prestação de serviços, porque têm contato mais direto com os clientes. Tomam decisões mais rapidamente, porque estão imunes à hierarquização das grandes empresas.
 
 
INOVAÇÃO
Por estarem mais próximos da atividade-fim, são propensos à inovação. É fundamental o foco permanente em novos processos e produtos, especialmente para quem se aventura por áreas relacionadas à economia digital.
 
 
FORMALIZAÇÃO
Ao decidir se tornar empreendedor, é importante concentrar todo o potencial profissional na nova empresa. Não é indicado ser “viúvo” do antigo emprego.  Procure se formalizar e diversificar o número de clientes. Poupe dinheiro para os meses mais fracos. Não se descuide das contribuições previdenciárias.
 
 
QUALIFICAÇÃO
Se a intenção é se tornar empresário, qualifique-se. Faça cursos de gestão administrativa e financeira, estratégias de vendas, formação de preços, elaboração de projetos e financiamento. Há opções de aulas presenciais ou à distância, para facilitar a vida do empreendedor. 
 
 
 

Flávia Oliveira, Jornalista

Mantenha-se atualizado.

Inscreva-se para receber as últimas notícias no seu e-mail.

Inscreva-se